segunda-feira, 19 de abril de 2010

morte anunciada

Sabes uma coisa? Gosto de ti. Ainda gosto muito de ti. Amo-te! Mas já não… já não te AMO. Por causa disso, devido a esse particular elemento, a minha visão deixou de ter quaisquer filtros. Passei a ver com mais clareza, com maior lucidez. E reparei nos cancros que minaram o nosso relacionamento. O muito tempo que passou desde que surgiu o primeiro fez com que tanto esse como todos os que lhe seguiram se desenvolvessem e metastizassem por todo o lado, por todas as esquinas e pequenos recantos da nossa relação. E agora não há tratamento que lhe valha, que a salve. Está condenada. Só nos resta esperar pela sua inevitável morte natural. Ou então acabar com o seu sofrimento e eutanasiá-la. Era a opção mais nobre. E eu pergunto-me: algum de nós o fará?

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