terça-feira, 31 de agosto de 2010

dificuldades

Numa dependência bancária:

Funcionário – Tem de trazer o bilhete de identidade, cartão de contribuinte e um comprovativo de morada.

Cliente – Pode ser um extracto vosso do último mês, certo?

Funcionário – Não, não serve. É que o cliente entretanto pode ter mudado de casa.

E é isto, a facilidade de tratar de assuntos burocráticos.

E relevante a forma como o banco não confia em si próprio, mas pretende que todos os clientes e potenciais clientes confiem.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

do civismo

Caríssimos utilizadores das infra-estruturas actualmente usuais nos passeios marítimos ou ribeirinhos das localidades:

Existem áreas exclusivamente reservadas aos pedestres (normalmente em madeira, os chamados passadiços), interditas a qualquer tipo de veículos (incluindo, por vezes, os carrinhos de bebé);

Existem áreas de lazer ou passeio;

Existem áreas reservadas exclusivamente ao desporto e/ou actividades físicas.

Algumas vezes, por falta de espaço ou por opção de design para melhor aproveitamento do meio, essas áreas são contíguas ou adjacentes. Nestas situações, optaram os autores das mesmas pela sinalização horizontal (pinturas no chão), delineando cada uma delas e assinalando-as segundo o seu objectivo, inclusivamente pintando zebrados (passadeiras) nos locais que têm de ser atravessados por umas ou outras.

O meu esclarecimento vai no sentido de chamar a atenção para a vital importância de respeito pelas referidas sinalizações. Por um lado, pela segurança obtida com tal cumprimento, tanto para pedestres como para ciclistas, corredores, skaters, etc. Por outro lado por uma pura e simples questão de civismo. Do mesmo modo que os pedestres não gostam que quem pratica desporto utilize as áreas reservadas a peões, também estes não podem invadir abusivamente as zonas desportivas, normalmente mais rápidas. Neste último caso, prejudicam também quem tem de abrandar o ritmo (muitas vezes parar totalmente), não só interrompendo o exercício e quebrando ciclos respiratórios e de gastos energéticos/calóricos, mas também tornando mais difícil o reinício dos mesmo e retoma do ritmo anterior.

Espero ter contribuído para uma melhor utilização dos equipamentos que as câmaras ou outras entidades locais têm colocado ao dispor das populações nos últimos anos, bem como a uma melhor convivência entre os diversos utilizadores, sejam casuais ou não.

Ah, já agora, este princípio também pode ser válido para auto estradas (via da esquerda mais rápida e para ultrapassagens, não para circulação contínua), estradas municipais ou locais, passeios, passadeiras (quem quer reclamar de viaturas que não param nas áreas para peões também não pode atravessar onde não lhes é permitido, invadindo áreas exclusivas de veículos), rampas, parques de estacionamento, etc.

Vamos lá tomar atenção a estas situações. E se houver dúvidas ou questões posso tentar esclarecer. O importante é que se comece a cumprir mas, mais que isso, respeitar.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

de mortes recentes

“A propósito das mortes, quase simultâneas, do António Feio, do Ruy Duarte de Carvalho, do Pocinho

Este ano a colheita da ceifeira
Vai boa, a ceifeira sabe da poda
Morrem amigos à fartura, só eu
Não morro, é foda.

Entrementes o estrume faz seu caminho
semeia, separa, semente
atafulha e desbarata, desmente
goza connosco, murmura-nos à orelha
tu para mim vens de carrinho.

Está bem, abelha, amouchamos
que mais podemos fazer, sêmos humanos
e a dor já nem é dor, pois nos apoucamos
e poucos, a pouco e pouco, ficamos.”

Post retirado do blog de Rui Zink