sábado, 13 de março de 2010

um outro mundo

Aquele para onde as pessoas iam depois de morrerem. Logo que a nossa alma se separava do corpo, este era enterrado, pisgando-se a nossa alma para o outro mundo. Nas últimas semanas, Willy não tinha falado de outra coisa, e agora não havia na mente do cão a menor dúvida de que o outro mundo era um sítio real e não uma invenção. Chamava-se Timbuktu e, tanto qanto Mr. Bones pudera perceber, ficava no meio de um deserto algures não sabia onde, longe de Nova Iorque ou de Baltimore, longe da Polónia ou de qualquer outra cidade que tinham visitado no decurso das suas viagens. A certa altura, Willy descrevera-a como «um oásis de espíritos». Noutra altura, dissera: «O mapa de Timbuktu começa onde acaba o mapa deste mundo».

In Timbuktu, Paul Auster

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