Este ano a colheita da ceifeira
Vai boa, a ceifeira sabe da poda
Morrem amigos à fartura, só eu
Não morro, é foda.
Entrementes o estrume faz seu caminho
semeia, separa, semente
atafulha e desbarata, desmente
goza connosco, murmura-nos à orelha
tu para mim vens de carrinho.
Está bem, abelha, amouchamos
que mais podemos fazer, sêmos humanos
e a dor já nem é dor, pois nos apoucamos
e poucos, a pouco e pouco, ficamos.”
Post retirado do blog de Rui Zink
Sem comentários:
Enviar um comentário
quer dizer algo?