terça-feira, 8 de novembro de 2011

iniciativa quadripolar

Tenho de confessar: não gosto do Natal!

(disclaimer: não o digo por ser moda algumas pessoas odiarem a época mas por ser algo que desde há muitos anos não sinto como sendo genuíno. E quem me conhece pode atestar isso facilmente.)

Sempre gostei do ambiente da época, dos convívios familiares e do espírito de entreajuda e esperança que se vivia. Mas, desde há alguns anos, parece-me que tudo isso se perdeu. Tornou-se cada vez mais uma exploração comercial, com vertente egoísta ou interesseira, e, por outro lado, uma obrigação.

Não posso aceitar aquela ideia das pessoas que oferecem – ou não – um presente a outra dependo do facto de terem recebido – ou não – dessa mesma pessoa no ano anterior. (o mesmo princípio é válido para o valor da oferenda)

Do mesmo modo, também não concordo com oferecermos algo apenas porque nos ofereceram a nós. Para mim, quem quer dar, dá, e quem não quer, não dá.

(antes que “chovam críticas ou questões: quem me conhece sabe que não quero receber nada de ninguém – se não concordo com o que se passa nesta época não era ético querer presentes. Quem não me conhece, mas eu me apercebo que pode ser pessoa de oferecer – a nível profissional isto verifica-se muito – eu peço sempre para não o fazerem. Mas mesmo assim há quem o faça e eu, nesses casos, não recuso. Mas também não retribuo.)

Como é possível que a meio de Outubro, mais de dois meses antes da data, os espaços comerciais tenham já decoração (e em alguns casos música) natalícia? Ainda para mais em casos como o deste ano, em que em pleno Outubro se verificaram temperaturas de Verão.

Mas o que mais me incomoda (e restrinjo-me a esta vertente «social», nem vou gastar tempo a dissertar sobre as relações humanas) é a falsa simpatia e atenção que recebemos nas lojas ou instituições onde vamos. São apresentações de disponibilidade, sorrisos, desejos de felicidades e de “santas festas” e suas inumeráveis variantes. Depois passa a época e volta tudo ao “normal” até à festividade seguinte, normalmente a Páscoa.

Fica aqui a informação/sugestão: o profissionalismo, atenção e simpatia devem ser constantes, durante todo o ano, independentemente da época e, já agora, do estado de espírito de cada um, do humor de cada colaborador. Assim se atinge a excelência e se cativam pessoas, fidelizando clientes [em conjunto, como é óbvio, com a qualidade do serviço e/ou produto(s)].

Não me tratem bem apenas em determinados momentos do calendário. Tratem-me bem sempre. Eu faço-o e, acreditem, não é tão difícil como se possa pensar.

Isto tudo a propósito desta iniciativa, pelo segundo ano, da Pólo Norte. Não tivesse eu esta atitude perante o natal e participaria concerteza. Assim, ajudo a divulgar para que quem queira o possa fazer. E aplaudo, claro! Até porque me lembro da alegria de receber cartas/postais escritos por mão própria, personalizados, fossem de festividades ou não. Obrigado, ursa!

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